terça-feira, 5 de agosto de 2014

Continuação

Passei um tempo sem escrever, pois inúmeras coisas aconteceram neste período. Mas hoje decidi voltar. O ano de 2010 foi muito bom e da mesma forma o primeiro semestre de 2011.
Eu pensava que estava tudo resolvido, que os dias ruins tinham definitivamente ficado para trás. Foi quando meu Pai esteve muito doente e ele morava em outro estado, longe de minha casa, resolvi então trazer ele para perto de mim. Assim eu poderia cuidar dele. E assim foi feito ele chegou em minha casa dia 30 de agosto de 2011. Eu sai do meu trabalho as 18h e fui buscá-lo. Senti uma alegria imensa em estar com ele. No entanto o problema era bem mais sério do que pensei. No dia seguinte ele passou mal e levei ele até o hospital. Chegando lá ele estava com diabetes alta e confusão mental. O médico de imediato pediu a internação. E solicitou uma série de exames. Então liguei para meu chefe e relatei o que estava acontecendo e que eu precisava acompanhar meu pai. Ele até o momento tinha um tratamento de reconhecimento pelo meu profissionalismo, sempre colocava minhas ações como exemplo a ser seguido.
Grande foi minha surpresa quando no dia seguinte recebi uma ligação dele. Pois em sua ligação em falou que eu fosse naquele momento para o trabalho que eu não era médica e meu pai estava melhor do que eu nó hospital. Então respondi para ele que não poderia deixá-lo, pois ele estava com confusão mental e eu era responsável por ele. E assim que ele terminasse de realizar os exames eu retornaria. E assim foi feito, mas quando voltei fui tratada com total desprezo e a pesar de me desdobrar para realizar as minhas tarefas. Parecia que eu não fazia nada, ele mudou comigo e pessoas que eu sempre ajudei, que trabalhavam ao meu lado também mudaram. Passei por momentos de verdadeiro desespero, meu pai desmaiava constantemente, não conhecia as pessoas. Aquele homem forte, altivo que conheci, não era mais o mesmo. Inúmeras vezes acordei na madrugada com ele sem saber quem era. Sem força nas pernas para andar. E eu tinha que ser forte. Nunca demonstrei fraqueza para ele. Quando amanhecia o dia ia trabalhar e dava o melhor de mim. Mesmo por dentro estando acabada. Passei a ser ignorada. Mas lutei desta maneira do dia 30 de agosto a 27 de outubro. Data que meu amado Pai faleceu na ÚTI do hospital. Conseguir ser forte até o momento que a médica falou seu pai acabou de falecer. Voltei para minha cidade com o corpo de meu pai e na semana seguinte voltei a trabalhar. Meu chefe passou a nem dirigir a palavra a mim. Ele quanto queria falar alguma coisa comigo, mandava um colega falar. Parecia que eu não existia ali. Mas eu não conseguia entender os meus sentimentos. Foi uma mudança de vida tão grande em tão pouco tempo e eu não conseguia entender como uma pessoa podia ser tão cruel, com uma outra que estava destruída. E que apesar de tanta luta não deixei de fazer minhas obrigações. Como entender um ser humano tão cruel e vingativo, que guardava um rancou por eu não ter voltado uma vez que ele mandou. Mesmo sabendo tudo que eu estava passando.

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